segunda-feira, 31 de maio de 2010


POBRE CORAÇÃO

Coração aos prantos
Há um morto em cada canto!
Povo humilde,
Povo sofrido,
Tanto que se fez,
Pouco, já se faz!


Coração bravo, guerreiro,
Decepcionado com o mundo inteiro...
A injustiça e a luta vazia
Que se desfaz da boêmia,
Pra viver encarcerado.


Há sempre um!
Causando dores sem afagos,
Deixando no chão,
O sangue derramado,
De mais um pobre coitado
Que suava pelo seu pão!


(Ah! Meu coração de papel!).
Meu mundo tão torto e
Desesperado
Desenho de forma
Tão compacto,
Num pedido de socorro...


Aposto e confirmo:
Que meus gritos serão ouvidos
Descrevendo uma prisão.
E além de tudo, o que pode mais dizer...
O meu pobre coração?!

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