As palavras não marcam Hora ou lugar para expelir O que por dias na alma Fica preso sem sair. Não acontece por querer É dom divino Repentino, Cheio de prazer.
sábado, 24 de abril de 2010
Releitura
Surpreendo-me , quando, às vezes, releio escritos meus.
Neles, enigmas que ainda não decifrei,
Ou momentos inteiros
Reversos... Que ainda não continuei.
Assusto-me, quando meu pranto é sombra
Do que não aceito
Releio atenta aos cantos
E, no entanto,
Eu mesma os pensei!!
Ainda não descobri se o que escrevo
É o que sou ou o que vejo.
Crença
Eu queria saber
Que tanto os anjos falam...
Eu aqui, nesse mar remoto
Tentando entender.
Já creio em forças malignas
Sobre um coração humilde e cansado
Da dor trancafiada
Do medo enclausurado.
Admiro sua hombridade
Nesse caminho oneroso que trilhas,
Está machucado, eu sei...
Mas vai!Anda, caminha!
Creio acima de tudo nas preces que salva
E no anjo da guarda que rege
Com toda força e toda glória.
Creio na continuidade
Creio na vida!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Existe poesia
Na roda de amigos,
No sorriso sincero,
Na noite estrelada
No abraço seguro e singelo.
Existe poesia
No desenho em nuvens,
Na chegada e na partida
Na saudade que vai
Na saudade que fica.
Existe poesia
Num olhar descontraído,
E enamorado
Num sorriso tímido;
Num beijo roubado.
Existe poesia
No começo, meio e fim;
No sim e não,
No certo e errado
Em ti e em mim.
Ser
Esse ser, aquele, ou seja:
Eu, qualquer, alguém.
Gente ou ninguém.
Ser, capacitado, feliz e improvisado
Ser...
Concorrente, inocente ou simplesmente
Ser...
Amar, criar, agradecer...
Eu sou!Como sou?
Ser que sente, viaja
Chora e sorri
Ama e trai
Conquista e sai
Ser...
Que incondicionalmente vivi
Desespera-se,se alucina
Levanta e não desanima
Eu vivo?Como?Por quê?
Sou, ou me fazem ser?
Quero por querer?
Ou vivo por ser?
Ser que alimento,
Satisfaço, compreendo,
Ser...
Apenas viver!
Sorrateiramente
Não sei mais que nome dou,
A tudo aquilo que me toma de assalto.
Vivi todo amor na poesia existente,
Revivi cada verso na minha mente
E nunca saberei quem foi...
Tombei nos meus suspiros mais doidos.
Não sei se um dia saberei,
Quem por de traz se escondeu,
Dos versos.Ah! Cada verso...
Por qual meu coração bateu.
Talvez um dia...
Eu acorde e seja descoberto,
Quando eu menos esperar
E na minha vida for inverno.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Muito mais...
Não tivemos tempo
De sermos pai e filha,
Mas sei que ainda teremos...
Não tenho lembranças alegres
Mas ainda posso lembrar-me do seu sorriso,
Ainda vejo sua simplicidade
Ainda ouço sua voz...
Não quero mais lembrar
O que tirou você de mim,
Se Deus quis assim.
Cabe a mim
Fechar essa ferida que sangra
A eterna ausência que soma
O grande vazio sem fim.
Ah ,não quero mais pensar
No que poderia ter sido,
É tormento que não divido
É passado que não passa
É futuro não cumprido...
Existe muito mais além de terra e céu
Existe mais do que meus olhos possam ver,
Mas existe tudo que meu coração possa sentir...
Amanhã, te terei mais uma vez
Essa certeza me faz viver!!!
AmAnDo
Amo.
E tanto que cabe em mim.
De tantas maneiras
Que não explico...
Talvez se soubesse
Não caberia tanto assim;
Amo.
O que não pode ser dito
O perigo...
A surpresa...
Amo.
A beleza
A forma desconhecida,
Amo.
Tanto que não arriscaria
Expressa-lo em seu ouvido
Passaria a fio por onde
Entrega seus sentidos...
Amo.
Entretanto,
Nada digo
E fica assim:
Sentindo...
Amo o amor.
E Nada pode ser proibido.
O que não se vê
Aceito a maldade
Mas muito me custa a crer
O que meus olhos não enxergam
Meu coração não vê...
De tudo,
Temo em conter o que aflora,
O que escrevo,
Não fica mudo
É tão real é agora!
Digamos,
Que são mais vivos...
Que dão mais prazer
Mas são findos
O que não se pode ter...
Aceito,
No fim de tudo
O que senti...
Página virada
Momentos que falaram por si.
CUMPLICIDADE...
Venha!
Encaixe-se no meu corpo.
Apague a Luz!
Venha!
Seja flexível e ame como nunca amou ninguém,
Seja cúmplice do meu prazer...
Aventure-se
em cada curva,
Vibre com cada arrepio,
Não ligue pro meu rosto
enrubescido,
Se não digo
não me faça dizer...
Exista com toda paixão
desprendida...
Acarinha todo meu ser.
Venha!
Preciso de você!
Adeus...
Que posso fazer se fui longe de mais?
Está doendo agora!
E agora já é tarde...
Quanto ainda tenho que descobrir
Que deixar se iludir
É pura bobagem
Bagagem sem destino
Que pesa e machuca
Aos pouquinhos...?
Que posso fazer agora?
Agora que se foi,
E jamais pensei
Derramar uma lágrima,
Essa que perturba,
E sufoca meu coração
Esse pranto calado
Que explode além
Do que eu possa dizer
Ou deseje fazer...
Acabou o tempo,
Meu tempo
Deu-me mais
Um tempo...
domingo, 18 de abril de 2010
SÓ HOJE
Hoje queria ficar em casa
Ler um bom livro
Decorar meus poemas favoritos
Só hoje,
Queria o dia só meu.
Reviver nas velhas cartas
O antigo prazer...
Só hoje preferia esquecer o mundo.
Queria abrir a janela e olhar
Além da minha rua...
Sentar na varanda e vigiar
Minha loucura.
Lembrar do quanto sonhei
Ser astronauta,
Pastas de estudo
Hoje,na gaveta guardada.
Só hoje quero parar
Poder voltar no tempo
E organizar a bagunça virada
Ligar o som alto
Sorrir,destarte
Sonhar acordada.
O depois...
Por ora, todas as vibrações do meu ser
Fazem-me crer que se pensarmos,
E pensarmos muito; não fazemos nada.
Por tempos, é bom não pensar,
Não pesar na balança das conseqüências,
E deixar todo espaço vão.
Há sempre um depois!
Esse, no qual depositamos todo
Medo e insegurança,
Choramos feito criança e deixamos criar raízes.
Esse medo atinge!
O depois: momento vazio
Com pegadas ainda indecifráveis.
Minha oração
Que eu não lamente o que passou e não pode
Ser modificado, e faça de tudo um aprendizado;
Que eu esqueça os momentos que chorei
E jamais esqueça os muitos que sorri;
Que eu supere meus medos e afaste as incertezas
Do meu coração.
Que eu saiba ignorar os maus sentimentos,
Não dando ênfase para que eles permaneçam;
Que eu possa ser para meus amigos,
Simplesmente “tudo” assim como eles são pra mim;
Que eu reconheça meus erros e saiba pedir perdão;
Que a dor não me impeça de seguir adiante e que eu tenha
Certeza que sempre existe um recomeçar;
Que eu mantenha meus pés no chão pra buscar e
Alcançar meus sonhos;
Que eu não queira o que não pode ser meu;
Que meu querer baste;
Que eu não me iluda em mentiras ou promessas que
Virão em vão;
Que meu silêncio amado e desejado corresponda ao
Encanto dos meus versos;
Que quando surgir noites tempestivas que eu saiba
Florir com o porvir do sol;
Que eu saiba amar incondicionalmente.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Vivendo
Viva sua vida que eu vivo a minha
Se tiver que ser
Encontramos-nos
Mais na frente...
Não quero ter por você
Paixão louca e doentia,
Quero ter paz e calmaria...
Não quero...
Apaixonar-me e perder a razão.
Muito menos um amor de verão.
Viva sua vida que eu vivo a minha
Mas de vez em quando
Recorda e suspira.
Análise
Não pare pra analisar-me
Não preciso de analista.
Não venha dizer-me nada
Ou tentar decifrar
o que se passa em mim,
Será perda de tempo!
O que você por ventura concluir
Não me interessa,
E o que pensar de mim?
Pense o que quiser!
Já tive noites insones
Pensando no que
Pensariam, enquanto eles riam
Eu martirizei...
Então, hoje o que você pensa
É problema seu,não meu!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
CONTO BONITO
De que são feitos meus sonhos,
Se não de algodão doce e festim?
São também balões coloridos,
De cores intensas,
Perfume de jasmim.
Se são fáceis meus sonhos?
Não oras!Claro que não!
Às vezes, são também chocolates meio amargo,
Ou pipocas sem sal,
Aguardente sem limão...
Mas minha vontade é convincente,
Não abala não.
Se eu desisto deles?
Jamais! Em circunstância alguma,
É meu respirar, na manhã que acentua.
São em tudo,
Meu corpo em movimento,
Minha suave dança,
Meu maior contentamento.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Incontido
Eu que,
Senti-me
Turista sem guia,
Singrei em rios transbordáveis
E em todos os sentidos,
Ultrapassei distâncias de onde
Meu eco não voltou...
Eu que,
Não pensei pensar em você
Excessivamente,
Ver, ardentemente...
Na retaguarda:
Um novo amor,
Ou
Uma nova paixão...
Não tenho nenhum intuito
E quem me diz que devo ter?
É Transverso ao meu querer
Imune ao meu julgamento
É incontido...
domingo, 11 de abril de 2010
Menina na porteira
Ah, naquele tempo!
Eu não sabia nada do mundo,
Não tinha que compreender
Não compreendia que era preciso saber,
E o pouco que sabia,
Não, não me prendia,
Era livre meu querer.
Naquele tempo era menina
Corriqueira e danada
Corria de mãos dadas
Aprontava e dava gargalhadas.
Sabia fazer desenhos em nuvens
Brincava no barro
E na terra molhada...
Não desejava mais que uma
Sombra aconchegante.
Fazia casinha de palha
Inventava personagens,
Atuava como figurante.
Subia nos galhos
Sem saber do perigo
Comia pitanga
E fazia bonequinhos de espigo.
Na carroça brincava
Nos dias frios e de chuva
Qualquer tampinha
Ou caixinha era enfeite com plumas.
E também saudade sentia
Esperava na porteira
Quando minha mãe vinha,
Era festa, alegria
Doces e rebeldia.
E era tão triste vê-la partir
Fins de tarde sem graça
Com sabor de quero ir.
Ah, naquele tempo!
Tanto eu queria crescer
Hoje, tão grande
Menina voltaria a ser.
sou toda
sou toda
Exagero
Sem espaço
Sou a cura
Absoluta
Embaraço.
Sou incógnita
Feitiçeira
Sou metade
Verdade
Emergência
Trapasseira
Sou passagem.
Extremo
Avesso
Ensejo
Saudade.
Exagero
Sem espaço
Sou a cura
Absoluta
Embaraço.
Sou incógnita
Feitiçeira
Sou metade
Verdade
Emergência
Trapasseira
Sou passagem.
Extremo
Avesso
Ensejo
Saudade.
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